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  • Foto do escritorFernando Gamito

Um futebol amador que é "alucinante, físico e pura estratégia"



Lisboa acolheu recentemente o Mundial de 'MiniFootball' na vertente de seis contra seis. O 'buzz' está a aumentar.


O futebol é uma das maiores paixões que existe pelos quatro cantos do mundo, tanto que a mais conhecida fórmula de onze contra onze dentro das quatro linhas tem vindo a conhecer várias variantes. Uma deles é o denominado ‘MiniFootball’, que em Portugal tem vindo a ganhar cada vez mais fama com o passar do tempo e, por isso mesmo, a cidade de Lisboa acolheu recentemente o Campeonato do Mundo de ‘Socca’, com as melhores equipas de futebol seis de vários países. O futebol como mais o conhecemos deu, assim, lugar a jogos com seis jogadores de um lado e outros seis do outro, em pleno Terreiro do Paço.


Portugal conseguiu alcançar o quarto lugar na competição de futebol amador que contou com 32 equipas. Então e onde é que o MiniFootball e o futebol na variante de onze se cruzam? Uma questão que o leitor certamente estará a colocar… Pois bem, “são algumas as diferenças, nomeadamente em termos de regras. Derivado do menor número de jogadores em campo, há algumas situações adaptadas desde o futsal também, como por exemplo as reposições laterais”, explicou Rafael Reis, media manager da competição, que esteve à conversa com o Bancada.


Mas, não é só de futebol de seis que se faz o MiniFootball. Como por exemplo, a Associação Portuguesa MiniFootball encarrega-se de organizar competições no nosso país de 3x3, 5x5, 6x6 e 7x7, ou seja, vulgos futebol três, cinco, seis e sete. Nas palavras da própria organização, a Associação “tem como missão oferecer a todos os amantes de MiniFootball as emoções e sensações da prática do futebol em campos de dimensão reduzida. É igualmente missão, promover uma prática regular de atividade física, aliada a momentos de diversão e competição”, segundo pode ler-se no site oficial.


📷Crédito: Associação Portuguesa MiniFootball

Está génese futebolística ainda está em fase de crescimento e o Mundial que teve lugar em Portugal durante o mês de setembro foi mesmo pioneiro com a nova designação do desporto. “O futebol amador encontra-se ainda num processo inicial de expansão, especialmente neste caso particular. Foram realizados Campeonatos da Europa e do Mundo nos últimos quatro anos, mas com a modalidade sob outra denominação e sob a égide de outra Federação Internacional. Este Mundial foi o primeiro de sempre sob o nome de Socca e o próprio ‘buzz’ advém daí, da novidade e do facto de envolver nações oriundas dos quatro cantos do Mundo”, referiu Rafael Reis.


Assim sendo, o ambiente em torno da competição que marcou presença no Terreiro do Paço, entre 23 e 29 de setembro, foi muito positivo. “A atmosfera em torno do Mundial foi excelente e tal foi possível devido ao mérito e ambição na escolha de um local como o Terreiro do Paço. Esta variante é relativamente recente em Portugal e testemunhei o início dessa mesma vibração do público com o Socca. Vários dos jogos tiveram excelentes assistências e uma extraordinária interacção do público com os próprios desafios. É evidente que em termos de apoio numérico Portugal ainda está aquém de outros países nomeadamente da Europa Central, mas o caminho é claramente de expansão”, considerou o media manager da prova em declarações ao Bancada.


O processo de seleção dos jogadores que representaram Portugal no Mundial de Lisboa foi realizado pela Associação Portuguesa de MiniFootball, em conformidade com a equipa técnica nacional, que tem a responsabilidade de o fazer. “Este ano, tal como nos que se seguirão, Portugal foi representado no Mundial pela Selecção Nacional da Associação Portuguesa de MiniFootball. O apuramento foi feito de forma direta e a convocatória dos jogadores é da responsabilidade da equipa técnica nacional”, explicou Rafael Reis. Até na arbitragem Portugal esteve representado. “A arbitragem esteve igualmente representada neste Mundial, e ao mais alto nível com dois elementos, Carlos Carvalho e Fernando Lopes. Tratam-se de dois dos mais experientes juízes desta modalidade no plano internacional e uma vez mais estiveram entre os melhores.


Neste tipo de futebol ainda não há campeões do mundo na equipa portuguesa, mas este ano foi por pouco que isso não aconteceu. “Ainda não detemos campeões do Mundo na equipa...mas não ficámos longe. Portugal teve um percurso de sonho nesta competição na qual atingiu a meia-final e acabou por arrecadar o quarto lugar final”, contou o media manager da competição. Os portugueses caíram nas meias finais diante da Polónia e na atribuição de terceiro e quarto lugares saíram derrotados diante da Rússia.


📷Crédito: Associação Portuguesa MiniFootball

O TRAJETO DE PORTUGAL NO MUNDIAL

Portugal-Grécia, 3-1 (fase de grupos) Portugal-Turquia, 3-2 (fase de grupos) Portugal-Paraguai, 2-2 (fase de grupos) Portugal-Moldávia, 5-3 (oitavos de final) Portugal-França, 3-0 (quartos de final) Portugal-Polónia, 1-2 (meias finais) Portugal-Rússia, 1-2 (3.º e 4.º lugares)


OS CONVOCADOS DE PORTUGAL PARA O MUNDIAL

Pedro Vieira (pivot ofensivo) Ângelo Torres (pivot ofensivo) José Carlos Ferreira (defesa) Nuno Sá Capela (médio ala) Luís Reis (guarda-redes) Fernando Serra (pivot ofensivo) Hugo Neves (guarda-redes) Leandro Mendes (médio ala) Rui Sanches (defesa) Nélson Paiva (defesa) Hugo Lúcio (médio ala) Eduardo Barão (defesa) Fábio Rodrigues (guarda-redes) Joel Marques (médio ala) Rui Gomes (pivot ofensivo)


📷Crédito: Associação Portuguesa MiniFootball

Para terminar, pedimos a Rafael Reis, media manager do Mundial, para descrever o futebol amador de 6x6 numa frase. “Alucinante desafio de físico e pura estratégia”, foram as palavras escolhidas.


*Texto originalmente publicado em Bancada.pt a 1 de outubro de 2018.

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